"CONSELHOS AOS NOVOS DESIGNERS"


Desenvolvendo o bom design

Bom design significa design de qualidade, que comunica, agrega valor ao produto e cumpre com primazia o seu papel. Porém, para se chegar a um resultado de alto nível, é necessário muito mais que o domínio técnico das ferramentas, recursos e linguagens. Enquanto o designer não se conscientizar disso, corre o risco de ficar à deriva num mar de tendências, recursos clichês e falta de profundidade.
Referências:: O designer, além de dominar todo o processo inerente ao meio para o qual está criando, deve possuir diversas referências culturais, estéticas e artísticas.Vejamos os exemplos dos grandes escritores. Além de serem dotados de grande talento, são verdadeiros “ratos de biblioteca”, lendo tudo o que lhes é oferecido compulsivamente, de clássicos da literatura às bulas de medicamentos.

Com isso, dominam cada vez mais a linguagem, aprimoram as possibilidades de expresssão e, finalmente, se carregam de referências literárias e textuais. As referências serão condensadas, “mixadas” pelo cérebro e oferecerão, ao escritor, possibilidades expandidas de expressão.Na verdade, só fala e escreve bem quem lê muito, só se fica atualizado acompanhando as notícias, so se é um bom músico dormindo e acordando com música, todos os dias. Em todos os meios citados, a “tara” ou “objeto de desejo” é a produção daquilo ao que cada um se propõe, de forma natural e não forçada.
Quais são as referências para o designer? O design possui características interessantes, que tornam essa profissão tão fascinante e complicada, ao mesmo tempo, dando margem a diversos embates filosóficos-existenciais-profissionais, como em quase nenhuma outra ocupação conhecida.

Design não é arte,(EU NÃO CONCORDO!!!) porém, com frequência, esbarra em conceitos e soluções advindas da produção artística. Assim, referências artísticas são uma constante no trabalho do designer, que deve se alimentar de exposições de pinturas-gravuras-xilogravuras-esculturas; enfim, de todo tipo de arte. Há, ainda, a possibilidade de mergulhar em livros e observar o quão magistral a expressão humana pode ser e a maneira como isso pode ser abordado em uma publicação.
O aprimoramento e o bom design saem de uma bagagem cultural ampla, completa. Não há outro meio. A vivência da profissão, a seriedade aplicada ao fazer técnico, o perfeccionismo, o prazer de se fazer o que gosta mesmo em cenários complicados e muito rotineiros de extrema pressão, de dead-lines criminosos. Tudo isso faz parte do grande e complexo todo da profissão.
Não há dependência direta da mídia para a qual se cria no sentido das boas referências, pois, como se sabe, design é, dentro de sua magistral amplitude, uma coisa só. É claro que nossos olhos são imediatamente atraídos para o lado cujo qual nos interessamos. O designer que faz web (também conhecido como webdesigner) fatalmente irá observar mais atentamente os trabalhos feitos para essa mídia, acompanhando os prêmios e os desdobramentos do mercado. Da mesma forma, que faz design off-line estará sempre de olho em material impresso, assim sucessivamente.
As boas referências estéticas e culturais são comuns para todos os desdobramentos da profissão, não acredito haver uma diferença clara e pronunciada. Creio que todo designer deveria ser um amante das artes visuais, um atento observador anônimo do mundo e de suas vertentes, observando todos os aspectos visuais em tudo o que o cerca: carros, ônibus, apartamentos, roupas, cartazes, fachadas, arquitetura, tv, internet… Um grande catalisador de tendências, idéias e conceitos.

Conclusão: O design de qualidade não está ligado diretamente à idéia de bons recursos tecnológicos. Apesar dos grandes talentos nacionais, existem diversos aspectos de diversas áreas que ainda não chegaram numa qualidade compatível com o design feito nos países de primeiro mundo. Se a questão fosse somente o equipamento, já estaria resolvida há tempos. Temos as mesmas máquinas, os mesmos softwares, acesso a boa informação técnica e bons livros (mesmo que importados); porém, muito de nossa produção está ainda engatinhando, o que mostra que a questão é totalmente cultural. Para se fazer o bom design, é necessário ter uma boa cultura.
Portanto, o mundo a sua volta é a sua principal fonte de inspiração e matéria-prima. Não deixe de apreciar, obviamente, todas as formas de arte, além das visuais. Ouça uma música que lhe toque, ligue sua parabólica e prepare-se para absorver toda e qualquer referência e pode acreditar: na hora em que for necessário, seu cérebro saberá justamente onde buscar a informação e solução para determinada peça e você, só depois de algum tempo, vai entender o processo louco e fascinante da criação e seu referencial estético.

Portinari: meu preferido!! ah...

Séries Bíblica e Retirantes, de Portinari

A mostra de Portinari faz parte do acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP, considerado um símbolo da cidade de São Paulo.

Com a exposição da Série Bíblica e da Série Retirantes, o espectador encontra telas de um período em que a denúncia social marcou a pintura de Portinari, seja como decorrência da precariedade da situação social brasileira ou como reflexo das calamidades da guerra que sensibilizaram tantos pintores europeus, dentre os quais Picasso, que naquele momento exercia forte influência sobre Portinari.

Segundo João Candido Portinari, diretor do Projeto Portinari, o público terá o privilégio de acompanhar o momento exato em que Portinari se liberta da influência de Picasso, na passagem da Série Bíblica para a Série Retirantes. O próprio artista o declara na entrevista que concedeu ao historiador de arte português Mário Dionísio:

"Portinari -- Tenho sofrido muitas influências, nem posso com precisão indicá-las todas. Toda a escola italiana, Goya (tenho uma fase meio goyesca). Olhe este Tintureiro, esta Festa de São João...E, com uma voz repassada de entusiasmo, exclama de repente: Picasso!

Dionísio — Picasso anda, com efeito, por detrás de algumas destas coisas admiráveis. O Último Baluarte é o caso mais evidente, não é?

Portinari — É sim, Picasso fulmina-me! Eu tinha de fazer O Último Baluarte. Se não o tivesse feito, isso teria sido muito mau. Era preciso fazê-lo e esperar o que acontecesse. Ou me afundaria ou conseguiria dar o salto. E, escolhendo ao acaso uma das reproduções dos Retirantes, acrescenta:
— Foi o que aconteceu, dei o salto.”

“Milton Nascimento, em sua belíssima canção “Nos Bailes da Vida” diz que o artista tem de ir aonde o povo está. Trazer a obra de Portinari para o Shopping é uma forma de cumprir com esta missão, assim como quando Manoel Carlos emocionou 60 milhões de pessoas, ao mostrar uma Exposição Portinari em sua novela “Páginas da Vida”. Os Srs. Isaac Peres e Júlio Neves merecem os nossos parabéns por inaugurar este espaço de arte com um dos momentos mais altos da obra de Portinari, tanto na temática quanto na forma”, afirma João Candido Portinari.

LISTA DAS OBRAS:

Compõem a Série Bíblica as telas:
Todas as 11 telas pertencem ao acervo do Masp, tendo sido encomendadas por Assis Chateaubriand, inicialmente para a sede da então Rádio Tupi, em São Paulo.










o MASP


OBRAS DO ACERVO EM EXPOSIÇÃO NO EXTERIOR A Coordenadoria de Intercâmbio do MASP organiza, como o próprio nome diz, todos os intercâmbios e contatos do museu com os museus estrangeiros e brasileiros que solicitam obras para exposições no exterior e em nosso país. Quando as obras saem do país para exposições no exterior, é necessária a aprovação do Conselho Consultivo do IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pois a coleção do MASP é tombada pelo nosso patrimônio, fazendo parte dos bens nacionais. As tratativas com os museus e com o IPHAN, bem como os contatos com a alfândega, são realizadas por este setor do museu.Nas coleções do Masp, o segmento preponderante é o de pinturas ocidentais que cobre o período que vai do século XIII com Maestro del Bigallo, até pintores contemporâneos como o dinamarquês Wiig Hansen. Dentre as diferentes escolas representadas na coleção destacam-se Rafael, Andrea Mantegna, Botticceli, Bellini e Ticiano na escola italiana. Representam a pintura francesa, sem dúvida o núcleo mais numeroso, e de “uma densidade e homogeneidade qualitativa assombrosas”, Clouet, Poussin, Nattier e Delacroix, além de Manet, Degas, Cézanne, Monet, Renoir, Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Matisse, Modigliani, Marc Chagall, entre outros, na chamada Escola de Paris. Na pintura espanhola, registra-se a presença de artistas da importância de El Greco, Zurbarán, Velazquez, Murillo e Goya e, na flamenga, Memling, Cranach, Holbein, Frans Hals, Ruysdael e Rembrandt. A escola inglesa se faz presente com Gainsborough, Turner, Constable entre outros. O segmento referente à pintura de origem alemã foi recentemente enriquecido com a doação de uma obra de Pechestein. Estão presentes na coleção os muralistas mexicanos Rivera e Siqueiros além de pintores brasileiros como, Lasar Segall, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Portinari e muitos mais.
Das fotografias que o Masp conserva, faz parte a Coleção Pirelli, que reune anualmente fotógrafos de reconhecida importância, cujas fotos são compradas, reunidas em uma exposição, passando então a integrar a coleção do museu. O museu possui também: tapeçarias como a Série das Pequenas Índias datadas de 1723 a 1730
  • uma pequena mas seleta coleção de design, na qual se destaca o relógio Times Five de Andy Warhol
  • mais de uma centena de peças de vestuário dentre as quais um costume desenhado por Salvador Dali e 136 peças de criação de artistas nacionais desde a estamparia, tecido, modelagem e confecção.
O Masp possui uma coleção, única de que se tem notícia, que reune mais de 700 peças consideradas kitsch.

(foto de tatsumi orimoto) no masp

SE RENDENDO AO CONSUMO...{parte 1}

A "fly" tem uma coleção de prataria 925 de deixar qualquer mulher de boca aberta.
Além de durarem a vida toda, são mais acessiveis e bonitas do que o ouro, dando mais presença ainda á qualquer produção, até as mais 'simplinhas'.




A qualidade das peças fazem delas um luxo... que qualquer pessoa gostaria de exibir.
Com esse design de primeira da até nojo ser pobre...
rsrsrss..





Fazer o quê?
É nessas horas que gostariamos que nosso salário fosse 10 vezes maior...