.::ANOS20::. John Graz

O suiço John Graz chegou ao Brasil em 1920, acompanhado da namorada, Regina Gomide, e do amigo Sérgio Milliet, então seus colegas na escola de Belas Artes de Genebra.

Sua inteção era pintar os trópicos que os amigos brasileiros descreviam.


Apaixonou-se pelo país, casou-se com Regina e só voltou à Europa a passeio. No decorrer da década de 20 faz visitas freqüentes a Paris, com Regina, freqüentando os artistas brasileiros da primeira geração modernista. Ambos se interessam pelas tendências cubistas e orientais, na arte e decoração, que acabariam por eclodir em 1925 com o estilo Art Déco.

Em São Paulo, mergulhou no clima festivo e revolucionário dos modernistas e acabou participando da Semana de Arte Moderna de 1922, quando expôs sete telas no saguão do Teatro Municipal de São Paulo.
Em virtude dos trabalhos como decorador, Graz afastou-se da pintura - retornando somente em 1969. Tentou algumas experiências com a abstração geométrica, mas rapidamente retomou a figuração. Entretanto, não se pode esquecer sua importância no Modernismo Brasileiro, em especial por ter sido o responsável por levá-lo para dentro das casas, nos objetos de uso cotidiano.

Sua formação em arte, design e arquitetura levou-o a decorar as casas modernistas projetadas por Gregori Warchavchik, onde introduziu móveis de estilo art déco.
É apelidado 'Graz, o futurista'. Introduziu inovações na arquitetura de interiores, como a iluminação indireta de ambientes, o uso de materiais diferenciados - metal, cobre, tubos, chapas de aço e superfície cromadas - além de realizar afrescos, em geral com motivos históricos.
E revolucionou usando aço tubular no desenho do mobiliário. Regina completava a decoração com tapeçarias, almofadas, cúpulas de luminárias e tapetes.
Detalhista e rigorozo, gostava de desenhar todo o interior da residência: do rodapé à luminária, de mesas e cadeiras ao tapete - o que nem sempre era bem aceito pelos clientes.


Nos anos 90, algumas de suas cadeiras foram reeditadas pela Teperman com base em uma cuidadosa pesquisa promovida por Délia Beru, hoje dona da Casa21

4 Ah... Comenta, vai...:

micarock disse...

Olá Verônica, vi que vc está comigo no Micaela Huertas Design, muito legal. Gostei muito do seu blog. No curso de design fiz um trabalho sobre o Graz e foi nostalgico reler estas informações. Apareça mais!

Anônimo disse...

Tenho uma poltrona como essa, mas acredito que a minha tem lá seus bons 50 anos... tens idéia de como posso saber a autenticidade desta minha poltrona, a estou colocando a venda.
meu contato 7088-0247

renata

VerÔnica ReGert disse...

Renata::
Provavelmente sua cadeira seja mesmo original. veja se ela tem uma marca em relevo, tipo um carimbo em alguma parte da madeira ou ainda, pode ter no forro, abaixo do assento uma etiqueta. Já vi algumas imagens na internet de cadeiras autenticas assim. Talvez algum dono de antiquario que saiba reconhecer a madeira e detalhes do projeto de produção tbm possam te ajudar.
Obrigada pelo comentário no blog!!
Volte sempre!

Anônimo disse...

Olá Verônica, realmente vc me deu uma boa dica, tenho 2 selos no fundo da cadeira na madeira...e indicam móveis Teperman, só não sei quanto vale uma cadeira dessas...
Obrigada pela dica!!! rs
tantos anos em minha casa e nunca olhei para baixo dela..e lá estão os selos... ainda bem que ninguém lavou! ou arrancou!

Renata